Masaccio
Masaccio (Nasceu em 21 de dezembro de 1401 e faleceu em 1428) Quattrocento na Renascença Italiana. Seus afrescos são monumentos aoHumanismo e introduzem uma plasticidade nunca antes vista na pintura. Foi o primeiro grande pintor italiano depois de Giotto e o primeiro mestre daRenascença italiana. Masaccio entendeu o que Giotto iniciara no fim da Idade Média e tornou essa compreensão acessível a todos. Começou a trabalhar ainda quando Gentile da Fabriano, artista do Gótico Internacional, estava em Florença. Morreu aos 27 anos, mas sua obra é madura.
Biografia
Masaccio nasceu em San Giovanni Valdarno, em Arezzo, na Toscana. A família se mudou para Florença e Masaccio entrou para a guilda deartesanato na cidade. Sua primeira obra foi o Tríptico de San Giovenale e A Virgem e o Menino com Santa Ana, que na Galeria Uffizi. A segunda obra foi uma colaboração com Masolino. Não se sabe de onde Masaccio recebeu suas primeiras lições de pintura.
Em Florença, Masaccio estudou a arte de Giotto e conheceu Alberti, Brunelleschi e Donatello. De acordo com Giorgio Vasari, a partir de 1423 Masaccio se libertou de todas as tradições góticas e bizantinas, como pode ser visto no altar da Igreja Carmelita, em Pisa, cujo painel central está agora na Galeria Nacional de Londres.
Este painel é uma das primeiras obras primas de Masaccio: A Virgem e o Menino com Anjos. A Madonna tem traços escultóricos e seu trono temperspectiva. O menino é desprovido de qualquer aparência régia bizantina, é apenas um menino, chupando o dedo. É a antítese do estilo Gótico Internacional, de Gentile da Fabriano, com suas versões estilizadas de cenas bíblicas.
Em 1424, Masaccio e Masolino executaram um ciclo de afrescos para a Capela Brancacci, na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Florença. O temos dos afrescos eram as Histórias de São Pedro. O gênio de Masaccio pode aí ser admiriado. No afresco A Ressurreição do filho de Teófilo, Masaccio pintou uma calçada em perspectiva, rodeada de grandes prédios para obter uma profundidade de campo e um espaço tridimensional no qual as figuras eram colocadas proporcionalmente ao seu espaço ao redor. Masaccio foi pioneiro no uso da perspectiva.
As cenas de Masaccio mostram as suas referências a Giotto. A Expulsão do Jardim do Éden, mostrando uma cena terrível de Adão e Eva nus, foi crucial para a obra de Michelangelo. Outra grande obra é Dinheiro dos Tributos, na qual Jesus e os Apóstolos são mostrados como arquétipos neo-clássicos.
Em 1425, Masolino partiu para a Hungria. Algumas das cenas que pintaram juntos foram destruídas em um incêndio em 1771. Em 1426, Masaccio foi contratado por Giuliano di Colino degli Scarsi para pintar um grande altar, o Políptico de Pisa, para sua capela na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Pisa. Com a ajuda de Brunelleschi, em 1427 Masaccio ganhou uma encomenda para produzir uma Trindade Sagrada para a Igreja de Santa Maria Novella, em Florença. O afresco, considerado por muitos como sua obra-prima, marca o uso sistemático da perspectiva linear, possivelmente desenvolvida com a ajuda deBrunelleschi. A obra apresenta três planos: no superior, a Trindade; no plano médio, a Virgem (a única a olhar para o espectador) e São João; no plano inferior, os doadores da obra, membros da Família Lenzi. Na base, o esqueleto, que representa todos os seres humanos, com uma inscrição: "Fui outrora o que você é, e sou aquilo em que você se transformará.".
Masolino voltou para Itália antes da morte de Masaccio. Trabalharam juntos em Roma, na criação de afrescos para a Santa Maria Maior. Masaccio morreu em 1428. Diz a lenda que foi envenenado por um pintor rival. Hoje existem poucos afrescos que são certamente atribuídos a ele.
Masaccio influenciou profundamente a arte da Renascença. De acordo com Giorgio Vasari, todos os pintores de Florençaestudaram seus afrescos para aprender como pintar bem. Ele transformou a direção da pintura italiana, desviando-se das idealizações da arte gótica e voltando a arte para um mundo mais profundo, natural e humanista.
Uma das obras bastantes conhecidas
Na Mitologia Grega, as Graças são conhecidas como as “Deusas da Felicidade”. Elas são representadas por três mulheres: Aglaia/Abigail, Euphrosyna e Thalia. Cada uma delas personifica, respectivamente, o esplendor, a alegria, o desabrochar.
Na Teogonia de Hesiodo, o poeta grego, ele sustenta que as Graças eram filhas de Zeus, o deus dos deuses, e de Eurynome, uma ninfa do mar filha do próprio Oceano. Hesíodo descreveu as Cárites – o outro nome das Graças, que vem do grego Chari – como jovens de belas faces, senhoras da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade.
Seneca, o célebre escritor romano nascido no século IV antes de Cristo, descreveu as Graças como donzelas sorridentes, desnudas ou cobertas por tecidos transparentes, envolvidas pela generosidade. Na Florença do século XV, os filósofos humanistas as viam como as três fases do amor: beleza, despertar do desejo e alcance da satisfação. Mas, curiosamente, também viam-nas como símbolo da castidade!
Às Graças associava-se tudo o que promove encantamento, prazer, satisfação, contentamento, júbilo, deleite e fruição com a vida. Por essa razão, acreditava-se que as Graças presidiam os banquetes, as danças, os encontros sociais, as ocasiões festivas e todas as situações que despertassem emoções positivas.
Assim, acreditava-se que as Graças estavam diretamente vinculadas às divindades do Amor (Afrodite e Eros). Da mesma forma, tinha-se como certo que as Graças tinham por companhia constante as Musas, com as quais costumavam cantar para os deuses do Olimpo e dançar ao som da lira do deus Apollo.
Em algumas versões do Mito, Aglaia era casada com Hephaístos, o deus artesão. O casamento deles ilustra a associação que, tradicionalmente, se faz entre as Graças e as Artes. Tal qual as Musas, às Graças era atribuído o poder de conferir aos artistas e poetas a habilidade para criar o belo.
Na arte as Graças são frequentemente retratadas como mulheres jovens e belas dançando em círculo. Em tempos mais remotos haviam representações das Graças em grupos com mais de três e, também, em figuras solitárias. Contudo, a imagem predominante ficou sendo a das Três Graças. O fato de a imagem das Graças em número de três ter se tornado a mais conhecida e reproduzida, possui relação com uma antiga tríade de divindades femininas que eram veneradas como espíritos das vegetações na Antiga Grécia, às quais também estão associadas a origem das Estações e das Horas.
Similarmente, é comum nas tradições mitológicas de vários povos, em diferentes épocas, a recorrência do motivo mítico da Deusa Tríplice que, em geral, está associada aos ciclos da vida humana: juventude/adultez/velhice; nascimento/vida/morte. Outras representações da Deusa Tríplice dizem respeito aos aspectos do crescimento psicológico e emocional do ser humano, como é o caso, por exemplo das Nornes e das Erínias.
As Nornes são três deusas irmãs da Mitologia Germânica que são responsáveis pela fiação do tecido da vida. As Erínias gregas são, comumente, retratadas como três deusas irmãs associadas ao destino dos seres humanos, só que num sentido de vigilância das ações humanas para punir àqueles que ofendem aos deuses.
A vinculação das Graças com os desígnios divinos para a espécie humana sobreviveu, inclusive, no repertório mítico do cristianismo. Durante a Idade Média, as Três Graças eram as representantes de virtudes como a beleza, a caridade e o amor na iconografia cristã, sendo relacionadas com a capacidade de dar e receber.
Com o tempo, as Graças passaram também a representar a conversação e os trabalhos do espírito e, ainda nos tempos medievais, as três artes liberais básicas nas universidades – gramática, retórica e lógica, o chamado trivium – estavam com elas relacionadas.
Todos esses aspectos do mito das Três Graças nos ensinam que o alcance da felicidade, apesar de ser esta uma dádiva dos deuses, é fruto do esforço individual. É, somente, enfrentando os desafios da vida humana, representados pelas Erínias, que podemos envolver-nos no tecido da vida e, assim, usufruir do que ela nos oferece.
As virtudes do amor e da caridade, a busca e a produção do belo – assim como o trabalho intelectual consciente e árduo pela busca do conhecimento do mundo e de si-mesmo, representado pelo trivium – é o que nos habilita a compartilhar com as Graças do banquete da felicidade.
Biografia
Masaccio nasceu em San Giovanni Valdarno, em Arezzo, na Toscana. A família se mudou para Florença e Masaccio entrou para a guilda deartesanato na cidade. Sua primeira obra foi o Tríptico de San Giovenale e A Virgem e o Menino com Santa Ana, que na Galeria Uffizi. A segunda obra foi uma colaboração com Masolino. Não se sabe de onde Masaccio recebeu suas primeiras lições de pintura.
Em Florença, Masaccio estudou a arte de Giotto e conheceu Alberti, Brunelleschi e Donatello. De acordo com Giorgio Vasari, a partir de 1423 Masaccio se libertou de todas as tradições góticas e bizantinas, como pode ser visto no altar da Igreja Carmelita, em Pisa, cujo painel central está agora na Galeria Nacional de Londres.
Este painel é uma das primeiras obras primas de Masaccio: A Virgem e o Menino com Anjos. A Madonna tem traços escultóricos e seu trono temperspectiva. O menino é desprovido de qualquer aparência régia bizantina, é apenas um menino, chupando o dedo. É a antítese do estilo Gótico Internacional, de Gentile da Fabriano, com suas versões estilizadas de cenas bíblicas.
Em 1424, Masaccio e Masolino executaram um ciclo de afrescos para a Capela Brancacci, na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Florença. O temos dos afrescos eram as Histórias de São Pedro. O gênio de Masaccio pode aí ser admiriado. No afresco A Ressurreição do filho de Teófilo, Masaccio pintou uma calçada em perspectiva, rodeada de grandes prédios para obter uma profundidade de campo e um espaço tridimensional no qual as figuras eram colocadas proporcionalmente ao seu espaço ao redor. Masaccio foi pioneiro no uso da perspectiva.
As cenas de Masaccio mostram as suas referências a Giotto. A Expulsão do Jardim do Éden, mostrando uma cena terrível de Adão e Eva nus, foi crucial para a obra de Michelangelo. Outra grande obra é Dinheiro dos Tributos, na qual Jesus e os Apóstolos são mostrados como arquétipos neo-clássicos.
Em 1425, Masolino partiu para a Hungria. Algumas das cenas que pintaram juntos foram destruídas em um incêndio em 1771. Em 1426, Masaccio foi contratado por Giuliano di Colino degli Scarsi para pintar um grande altar, o Políptico de Pisa, para sua capela na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Pisa. Com a ajuda de Brunelleschi, em 1427 Masaccio ganhou uma encomenda para produzir uma Trindade Sagrada para a Igreja de Santa Maria Novella, em Florença. O afresco, considerado por muitos como sua obra-prima, marca o uso sistemático da perspectiva linear, possivelmente desenvolvida com a ajuda deBrunelleschi. A obra apresenta três planos: no superior, a Trindade; no plano médio, a Virgem (a única a olhar para o espectador) e São João; no plano inferior, os doadores da obra, membros da Família Lenzi. Na base, o esqueleto, que representa todos os seres humanos, com uma inscrição: "Fui outrora o que você é, e sou aquilo em que você se transformará.".
Masolino voltou para Itália antes da morte de Masaccio. Trabalharam juntos em Roma, na criação de afrescos para a Santa Maria Maior. Masaccio morreu em 1428. Diz a lenda que foi envenenado por um pintor rival. Hoje existem poucos afrescos que são certamente atribuídos a ele.
Masaccio influenciou profundamente a arte da Renascença. De acordo com Giorgio Vasari, todos os pintores de Florençaestudaram seus afrescos para aprender como pintar bem. Ele transformou a direção da pintura italiana, desviando-se das idealizações da arte gótica e voltando a arte para um mundo mais profundo, natural e humanista.
Uma das obras bastantes conhecidas
Na Mitologia Grega, as Graças são conhecidas como as “Deusas da Felicidade”. Elas são representadas por três mulheres: Aglaia/Abigail, Euphrosyna e Thalia. Cada uma delas personifica, respectivamente, o esplendor, a alegria, o desabrochar.
Na Teogonia de Hesiodo, o poeta grego, ele sustenta que as Graças eram filhas de Zeus, o deus dos deuses, e de Eurynome, uma ninfa do mar filha do próprio Oceano. Hesíodo descreveu as Cárites – o outro nome das Graças, que vem do grego Chari – como jovens de belas faces, senhoras da fertilidade, do encantamento, da beleza e da amizade.
Seneca, o célebre escritor romano nascido no século IV antes de Cristo, descreveu as Graças como donzelas sorridentes, desnudas ou cobertas por tecidos transparentes, envolvidas pela generosidade. Na Florença do século XV, os filósofos humanistas as viam como as três fases do amor: beleza, despertar do desejo e alcance da satisfação. Mas, curiosamente, também viam-nas como símbolo da castidade!
Às Graças associava-se tudo o que promove encantamento, prazer, satisfação, contentamento, júbilo, deleite e fruição com a vida. Por essa razão, acreditava-se que as Graças presidiam os banquetes, as danças, os encontros sociais, as ocasiões festivas e todas as situações que despertassem emoções positivas.
Assim, acreditava-se que as Graças estavam diretamente vinculadas às divindades do Amor (Afrodite e Eros). Da mesma forma, tinha-se como certo que as Graças tinham por companhia constante as Musas, com as quais costumavam cantar para os deuses do Olimpo e dançar ao som da lira do deus Apollo.
Em algumas versões do Mito, Aglaia era casada com Hephaístos, o deus artesão. O casamento deles ilustra a associação que, tradicionalmente, se faz entre as Graças e as Artes. Tal qual as Musas, às Graças era atribuído o poder de conferir aos artistas e poetas a habilidade para criar o belo.
Na arte as Graças são frequentemente retratadas como mulheres jovens e belas dançando em círculo. Em tempos mais remotos haviam representações das Graças em grupos com mais de três e, também, em figuras solitárias. Contudo, a imagem predominante ficou sendo a das Três Graças. O fato de a imagem das Graças em número de três ter se tornado a mais conhecida e reproduzida, possui relação com uma antiga tríade de divindades femininas que eram veneradas como espíritos das vegetações na Antiga Grécia, às quais também estão associadas a origem das Estações e das Horas.
Similarmente, é comum nas tradições mitológicas de vários povos, em diferentes épocas, a recorrência do motivo mítico da Deusa Tríplice que, em geral, está associada aos ciclos da vida humana: juventude/adultez/velhice; nascimento/vida/morte. Outras representações da Deusa Tríplice dizem respeito aos aspectos do crescimento psicológico e emocional do ser humano, como é o caso, por exemplo das Nornes e das Erínias.
As Nornes são três deusas irmãs da Mitologia Germânica que são responsáveis pela fiação do tecido da vida. As Erínias gregas são, comumente, retratadas como três deusas irmãs associadas ao destino dos seres humanos, só que num sentido de vigilância das ações humanas para punir àqueles que ofendem aos deuses.
A vinculação das Graças com os desígnios divinos para a espécie humana sobreviveu, inclusive, no repertório mítico do cristianismo. Durante a Idade Média, as Três Graças eram as representantes de virtudes como a beleza, a caridade e o amor na iconografia cristã, sendo relacionadas com a capacidade de dar e receber.
Com o tempo, as Graças passaram também a representar a conversação e os trabalhos do espírito e, ainda nos tempos medievais, as três artes liberais básicas nas universidades – gramática, retórica e lógica, o chamado trivium – estavam com elas relacionadas.
Todos esses aspectos do mito das Três Graças nos ensinam que o alcance da felicidade, apesar de ser esta uma dádiva dos deuses, é fruto do esforço individual. É, somente, enfrentando os desafios da vida humana, representados pelas Erínias, que podemos envolver-nos no tecido da vida e, assim, usufruir do que ela nos oferece.
As virtudes do amor e da caridade, a busca e a produção do belo – assim como o trabalho intelectual consciente e árduo pela busca do conhecimento do mundo e de si-mesmo, representado pelo trivium – é o que nos habilita a compartilhar com as Graças do banquete da felicidade.
Sou anônemo e vim diz3 que é ruim
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